Gerir o resultado e, consequentemente, o Caixa, não tem sido uma tarefa fácil para as empresas, resultado de uma série de obstáculos atrelados tanto a operação como a gestão de seus recursos. Uma tarefa na gestão de caixa é analisar por quanto tempo a empresa consegue manter o dinheiro aplicado e saber o momento exato entre aplicar e resgatar, em si só, pode ser um problema. Outros desafios na gestão estratégica de caixa são a satisfação do cliente, a segurança da informação, a preocupação ativa com LGPD, ESG, entre muitos outros enfrentados pelos empresários e a Alta Administração. Não obstante, para uma gestão de caixa efetiva, é preciso conhecer toda a empresa.
A área financeira é responsável pela gestão dos recursos e precisa estar muito próxima das áreas operacionais da empresa, realizando um estudo detalhado das necessidades e mantendo esse estudo vivo e constante. Para isso, existe uma ferramenta muito poderosa chamada orçamento, e é sobre ele que falaremos no próximo tópico deste artigo.
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Já se perguntaram por que ter um trabalho imenso elaborando um orçamento? O orçamento é uma ferramenta estratégica valiosíssima, pois ela é nada mais e nada menos do que uma bússola, ou seja, indica o melhor caminho para o atingimento das metas corporativas. É por meio do orçamento que as áreas informam todos os seus gastos e todas as receitas que serão auferidas ao longo de 12 meses. Algumas empresas que estão mais acostumadas com a elaboração do orçamento, ousam elaborá-lo com uma visão plurianual de 5 anos ou até mais.
Na elaboração do orçamento, muitas perguntas precisam ser respondidas, e a primeira delas é: aonde queremos chegar? Para responder a essa pergunta existem etapas importantes na elaboração do orçamento que precisam ser percorridas, tais como:
• Elaboração das premissas orçamentárias e do cronograma de elaboração;
• Aprovação das premissas e cronograma pela Alta Administração;
• Preenchimento detalhado pelas áreas das projeções de receitas, custos e despesas e alinhamento com o gestor imediato;
• Consolidação do orçamento pela Área Financeira;
• Acompanhamento entre o real x orçado pelas áreas e o financeiro mensalmente, e apresentação em reunião específica para a diretoria.
Após a finalização do processo de elaboração do orçamento, vem a segunda etapa que é a construção das metas financeiras. Elas serão os balizadores de atingimento ou superação do que foi previsto na obtenção dos resultados e na geração do Caixa.
As metas financeiras precisam ser realistas, e também, desafiadoras quanto ao que queremos crescer naquele ano em relação ao ano anterior. Deve ser o primeiro pensamento na construção dessas metas e como elas precisam ser comparáveis, logo, elas precisam ter sido medidas no ano anterior. Metas que não possam ser comparáveis não devem nem ao menos ser cogitadas, pois não se saberá se o seu negócio está crescendo ou encolhendo.
Agora, chegamos no ponto central do nosso artigo. Como fazer uma boa gestão de caixa?
Em 2023, a Petronect, maior marketplace B2B do Brasil, elaborou o seu orçamento e desenhou as suas metas financeiras, como nos anos anteriores. Mas, a pergunta acima ficou ecoando, como realmente fazer uma boa gestão de caixa? Para responder a essa pergunta foi necessário buscar ferramentas no mercado que pudessem ajudar na inovação para o controle efetivo dos recursos gerados na empresa. Tudo partiu de uma ideia central e foi tomando forma; qual ferramenta poderia ser implementada para potencializar o controle financeiro e, consequente, o atingimento ou, até quem sabe, a superação das metas corporativas financeiras. Ah! A Petronect superou as metas que foram traçadas. Falo isso só para deixar esse arquivo ainda mais interessante para você, leitor.
Nós queríamos alguma ferramenta que pudesse nos indicar se as metas foram traçadas de maneira correta e desafiadora. Fomos ao mercado e analisamos as ferramentas disponíveis e chegamos numa ferramenta muito interessante, que nos traria a probabilidade do atingimento das metas. Essa ferramenta, que é acoplada ao excel, possibilita a criação de cem até cem mil cenários possíveis para avaliação da probabilidade de atingimento das metas financeiras. Estudamos e implementamos essa ferramenta de cálculo de probabilidades e utilizamos ao decorrer do último semestre de 2023. Ela nos mostrava se estávamos no caminho correto ou se precisávamos efetuar algum tipo de ajuste no orçamento que havia sido previsto no final de 2022. Essa ferramenta faz o cálculo de probabilidades através da metodologia da Simulação de Monte Carlo e se chama @Risk.
O uso da ferramenta possibilitou à Petronect a alçar voos maiores que os desenhados ao final do ano de 2022 para o ano de 2023. Ela trouxe maior controle e visão de futuro.
Espero que tenham gostado desse artigo e que possibilite aos empresários na busca constante por aprimoramento e inovação das ferramentas que são utilizadas para o melhor controle e gestão dos recursos de caixa da Companhia.
*Aline Palhares é coordenadora financeira da Petronect.